Divulgado no último dia 7 de março pelo Estadão, o primeiro indicador de confiança do mercado imobiliário residencial brasileiro mostra que o setor encerrou 2020 em alta e se mantém otimista para 2021.
O levantamento ouviu executivos de 45 empresas entre incorporadoras e construtoras, para aferir a intenção de realizar investimentos este ano. E segundo o indicador, 100% dos empresários entrevistados disseram que pretendem lançar empreendimentos neste ano.
As expectativas positivas estão levando em consideração a mudança de comportamento observada no mercado residencial em 2020 por conta da pandemia de covid-19.
Além disso, há fatores complementares como taxas de juros reduzidas, novas linhas de financiamento e déficit habitacional.
Um novo conceito de vivência
Para o especialista em setor imobiliário Nelson Gonçalves, dono da Gonçalves Imóveis, a chegada da Covid 19 mudou a maneira como as pessoas lidam com o conceito “casa”.
Ele explica que – diante da necessidade de ficar em casa, de acomodar o trabalho dos adultos e as aulas online das crianças – as famílias começaram a desejar moradias com espaço mais amplos e não necessariamente nos grandes centros.
“Foram muitas as famílias que chegaram até a gente em busca de casas com quintal e áreas mais abertas. No caso dos apartamentos, aumentou a busca por aqueles um pouco mais espaçosos e com sacadas”, diz.
Outra questão abordada pelo especialista é a fuga de grandes centros, como São Paulo, para cidades como Osasco, onde há toda a infraestrutura necessária, mas com mais qualidade de vida desejada e preço melhor.
“Osasco reúne tudo o que uma família busca para viver bem. Além disso, é bem mais barato adquirir um imóvel aqui do que em São Paulo”, continua.
“Mesmo famílias já com imóveis próprios estão em busca dessa nova experiência de vivência e isso é ótimo para os negócios”, finaliza.